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domingo, 22 de maio de 2016

1.1.1.1. Hemograma completo.


                                       I.     

 

1.1.1 -  Os exames.

 

1.1.1.1. Hemograma completo.

 

O Exame Hemograma se destina a avaliar as células sanguíneas de um paciente, e podemos defini-las em série branca e vermelha, contagem de plaquetas, reticulócitos e índices hematológicos.   

 

O exame ao ser requerido sugere uma busca de dados para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença (patologia).

 

Na prática o hemograma é constituído pela contagem das células brancas (leucócitos), células vermelhas (hemácias), hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht), índices das células vermelhas, e contagem de plaquetas.

Temos ainda o Exame Contagem de reticulócitos, também chamado de reticulócitos, com nome formal: contagem de reticulócitos, e que tem exames relacionados: contagem de hemácias; hemoglobina; hematócrito; hemograma; esfregaço de sangue; eritropoietina.

 

A contagem de reticulócitos é usada para determinar se a medula óssea está respondendo de modo adequado às necessidades do corpo de produção de hemácias e para esclarecer o mecanismo de diferentes tipos de anemia. Costuma ser pedida junto com a contagem de hemácias, a hemoglobina e o hematócrito, usada para avaliar a gravidade da anemia.

 

A contagem de hemácias, a hemoglobina e o hematócrito são parte do hemograma. Este inclui uma avaliação das características das hemácias, como tamanho, volume e forma.

 

Com base nesses resultados, a contagem de reticulócitos é usada para esclarecer a causa de uma anemia. Os reticulócitos diferem das hemácias por conterem restos de material genético (RNA) que não existe nas hemácias. Os reticulócitos circulantes perdem esse RNA dentro de um a dois dias, tornando-se hemácias maduras.

 

A contagem de reticulócitos pode ser pedida quando há diminuição do número de hemácias, da hemoglobina e do hematócrito, e o médico quer avaliar a função da medula óssea. Se o paciente não tem sintomas, esses achados podem ocorrer em um exame de rotina. Esses exames também podem ser pedidos quando o paciente apresenta sintomas como palidez, fadiga, fraqueza, falta de ar ou sangue nas fezes.

 

Quando o paciente está com deficiência de ferro, de vitamina B12 ou de folato, doença renal, supressão de medula óssea resultante de quimioterapia ou transplante de medula óssea, ou está sendo tratado com eritropoietina, o médico pode pedir a contagem de reticulócitos com um hemograma, em intervalos regulares, para acompanhar a função da medula óssea e a resposta ao tratamento.

O médico quer verificar se há uma resposta adequada da medula óssea a um aumento da necessidade de produção de hemácias.

 

A percentagem de reticulócitos em pessoas saudáveis é relativamente estável. Quando o número de hemácias e o hematócrito estão diminuídos, a percentagem de reticulócitos pode estar alta em relação ao número total de hemácias. Para avaliar com mais precisão a função da medula óssea, a percentagem de reticulócitos pode ser corrigida, obtendo-se uma contagem corrigida ou índice de reticulócitos (RI).

 

Esse cálculo compara o hematócrito do paciente com um valor normal de hematócrito. Algumas vezes é usado um cálculo adicional, chamado índice de produção de reticulócitos (RPI), como correção para o grau de imaturidade dos reticulócitos, levando em conta a velocidade de liberação dos reticulócitos na circulação e o tempo necessário para sua maturação na corrente sanguínea. O RPI e o tempo de maturação variam com o hematócrito.

Reticulócitos (%) = (número de reticulócitos / número de hemácias) × 100.

 

Índice de reticulócitos = reticulócitos (%) × (hematócrito observado / hematócrito normal).

Índice de produção de reticulócitos = (índice de reticulócitos) × (1 / tempo de maturação).

 

Alguns contadores automatizados de reticulócitos podem relatar uma fração de reticulócitos imaturos (IRF) e um volume médio de reticulócitos (MRV). Esses são parâmetros de pesquisa no momento.

 

A contagem de reticulócitos reflete a atividade recente da medula óssea. Se esta responde de modo adequado às necessidades de aumento de produção de hemácias, permitirá a liberação de hemácias menos maduras na circulação, o que aumenta o número de reticulócitos no sangue.

 

Quando há elevação do número de hemácias, do hematócrito e da hemoglobina, a contagem de reticulócitos pode ser usada para determinar a intensidade da produção excessiva de hemácias.

 

Um aumento da percentagem de reticulócitos pode indicar: Sangramento.

 

Se houver hemorragia o número de reticulócitos aumenta alguns dias depois para compensar a perda de hemácias.

 

Se houver perda de sangue crônica, o número de reticulócitos pode permanecer elevado enquanto a medula óssea supre a necessidade de novas hemácias.  Anemia hemolítica. Doença hemolítica do recém-nascido. Caso a medula óssea seja incapaz de suprir as necessidades, o número de reticulócitos pode permanecer normal ou apenas um pouco aumentado, e até diminuir devido à falta de produção adequada. Se o número de reticulócitos não se elevar com uma anemia, é provável que exista algum grau de disfunção da medula óssea ou deficiência de eritropoietina. Diminuição da percentagem de reticulócitos pode ser vista, por exemplo, com: Anemia por deficiência de ferro.  Anemia perniciosa ou deficiência de ácido fólico. Anemia aplástica. Radioterapia. Inibição da medula óssea por infecção ou por câncer. A contagem de reticulócitos indica o que está ocorrendo, mas não diagnostica uma doença específica. É um sinal de que é necessário investigar mais. É usada para monitorar a eficácia do tratamento. Elevação da contagem de reticulócitos após quimioterapia transplante de medula óssea ou tratamento de deficiências de ferro, vitamina B12 ou folato indica recuperação da medula óssea.

 

A contagem de hemácias, a hemoglobina, o hematócrito e os reticulócitos estão aumentados em doenças que causam produção excessiva de hemácias.

 

É importante anotar que pessoas que se deslocam para grandes altitudes podem ter contagens de reticulócitos aumentadas enquanto o corpo se adapta ao baixo teor de oxigênio dessas regiões. Fumantes também podem apresentar hemácias e reticulócitos aumentados. É possível que a contagem de reticulócitos aumente durante a gravidez. Recém-nascidos têm uma percentagem maior de reticulócitos, que diminui para níveis normais em algumas semanas.

 

O método tradicional de contagem de reticulócitos é manual, em que eles são contados ao microscópio em lâminas preparadas com uma coloração especial. Isso está sendo substituído por métodos automatizados, que permitem contar um grande número de células, o que aumenta a precisão do resultado.

 

Ferramenta de Auxílio à Identificação e Contagem de Células do Sangue (Reticulócitos).

 

(Lab. Hematologia – HCPA). Objetivos: Disponibilizar aos laboratórios de hematologia um método alternativo mais precisa e automático de enumeração de reticulócitos utilizando processamento digital de imagens. O problema de contagem automática de reticulócitos passa pelos seguintes estágios: Aquisição das imagens; Pré-processamento; Segmentação; Reconhecimento; Aquisição de Imagem.

 

A aquisição das imagens é feita utilizando-se o equipamento mostrado na figura abaixo. Trata-se de um computador Pentium Standard com uma placa comercial de aquisição de imagens conectada a uma câmara de vídeo que está acoplada a um microscópio trinocular, onde se encontra a lâmina com a amostra de sangue a ser analisada.

http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/projetos/reticulocitos/

Equipamento de aquisição do Laboratório de Hematologia do HCPA.

As imagens adquiridas são armazenadas em formato JPG para seu posterior processamento.

 

Pré-processamento.  Basicamente, aplicou-se um algoritmo automático de limiarização para separar os eritrócitos do resto da imagem (fundo). Na determinação deste limiar, utilizam-se os pontos de cruzamento das médias crescente e decrescente do histograma de luminância das imagens.

http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/projetos/reticulocitos/http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/projetos/reticulocitos/

Imagem original à esquerda e após a limiarização.

Segmentação.

A segmentação engloba um conjunto de técnicas dentre as quais vale salientar o processamento morfológico. As operações de erosão e dilatação condicionadas e aplicadas em sequencia possibilitam eliminar objetos menores (ruído), separar objetos próximos conectados e mantendo as proporções dos objetos.

http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/projetos/reticulocitos/http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/projetos/reticulocitos/

Exemplo de imagem após limiarização à esquerda e depois de algumas erosões à direita.

Reconhecimento,


Para o reconhecimento, aplica-se a detecção de bordas, codificação dos objetos e extração das características importantes. Através da análise destas características classificam-se os objetos como eritrócitos ou reticulócitos.

Resultados.

    Através do banco de mais de 2000 imagens cedido pela Patologia Clínica/Laboratório de Hematologia do HCPA será possível testar os algoritmos de processamento de imagem e comprovar a sua eficiência.

http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/projetos/reticulocitos/

O Hemograma Completo consiste do hemograma mais a contagem diferencial dos leucócitos.

 

Laboratório de Hematologia.

 

O setor de Hematologia realiza exames como Hemograma, VHS, TTP, TP, Plaquetas e outros. Recomendável possuir  equipamentos de última geração como Analisador de células com 26 parâmetros para realização de Hemograma, equipamentos automáticos de coagulação e VHS.

 

A conferência dos resultados  deve ser  feita por pessoal técnico especializado. Todos os testes alterados devem ser repetidos. No caso do Hemograma, a repetição se faz também pela microscopia convencional.

 

http://www.laboratorioconcordia.com.br/imagens/O exame de Hemograma é onde se observa as células brancas e vermelhas de organismo humano e através delas diante de parâmetros temos a informação exata de um quadro infeccioso, anêmico e também podemos diagnosticar uma doença mais grave, como leucemia.  Diversos autores recomendam que todo “check-up” deve ser precedido de um Hemograma, afinal ele possui informações valiosíssimas.  Existem aparelhos para a coagulação do sangue, entre eles o  COAGULATOR, proveniente da empresa ORGANON.  Todos os testes são automatizados e permitem total segurança quando se  necessita  destes exames para uma eventual cirurgia ou também para controle, no caso da administração de anticoagulantes.

 

Todos  os testes realizados em Laboratório, devem ser referendados através de Programa de Controle Externo de Qualidade.

 

Um laboratório de Hematologia realiza diversos estudos no sangue, nas áreas de Hematologia Clínica, Hemoglobinopatias, Hemostasia e Coagulação e Controle de Qualidade de Hemocomponentes. Vamos imaginar um laboratório assim organizado em setores. Exemplos:

 

Hematologia Clínica - O setor realiza os estudos hematológicos nas amostras encaminhadas, realizando os seguintes exames/análises: Hemograma (com contagens diferenciais e avaliações morfológicas nas distensões);  Contagem de Plaquetas (Automatizado e em Câmara de Neubauer); Contagem de Reticulócitos; VHS; Curva de Fragilidade Osmótica; Ferritina.

 

Hemoglobinopatias - Desenvolve atividades com a finalidade de diagnóstico e investigação de Hemoglobinopatias nos pacientes encaminhados pelos ambulatórios, assim como triagem dos doadores de sangue para detectar hemoglobinas anormais. Análises:  Hematoscopia; Contagem de Reticulócitos; Pesquisa de Inclusões eritrocitárias; Pesquisa de Corpos de Heinz; Resistência Osmótica; Corrida Eletroforética em pH Alcalino; Corrida Eletroforética em pH Ácido; Dosagens de HB A, A2, FETAL, S.; Teste de Falcização.

 

Hemostasia e Coagulação - Realiza as provas de coagulação de rotina, para os pacientes anticoagulados com desordem de coagulação, encaminhados pelos ambulatórios fazendo a dosagem de fatores, inibidores da coagulação, fibrinólise e também estudos da Agregação Plaquetária. Análises - Estudos da Agregação Plaquetária; Tempo de Protrombina; Tempo de Tromboplastina parcial Ativado (TTPA); Quantificação do fator de Von Willebrandt (VWF); Ensaio de ligação do fator de Von Willebrandt ao colágeno (CBA); Tempo de Trombina; Fibrinogênio; Fator VIII; Fator IX; Inibidores do fator VIII e IX; Proteína C; Proteína S; Antitrombina III; Resistência a Proteína C Ativada; Anticoagulante Lúpico.

 

Controle de Qualidade de Hemocomponentes - De acordo com as determinações da legislação vigente, os Hemocentros devem encaminhar 1% dos hemocomponentes para testes de Controle de Qualidade, a fim de atestar que os mesmos foram processados corretamente atingindo assim os padrões por ela definidos. Análises: Dosagem do Fator VIII;  Dosagem do Fibrinogênio.

http://www.hemosc.org.br/imagens/Laboratório.
http://www.hemosc.org.br/imagens/Coagulômetro.

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